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Estrutura

 

O Setor atacadista distribuidor cresce 0,8% em 2018 e fatura R$ 261,8 bi

Agentes de distribuição respondem por 53,6% de tudo que é movimentado no mercado mercearil nacional; resultado positivo, diante do resultado do PIB, mostra resiliência do setor e embasa otimismo.

A ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) divulgou recentemente os resultados do Ranking ABAD/Nielsen 2019 – ano base 2018, pesquisa realizada anualmente pela entidade que oferece ao mercado o mais abrangente panorama do segmento atacadista distribuidor nacional, com dados relevantes para todas as empresas que compõem a cadeia de abastecimento no país.

ATACAREJO X HIPERMERCADOS

De acordo com os resultados da pesquisa do Ranking, em 2018 o segmento atacadista distribuidor cresceu -2,95% em termos reais e 0,8% em termos nominais, atingindo faturamento de R$ 261,8 bilhões.

Esperava-se que o resultado fosse um pouco mais satisfatório porém ainda assim considera-se que foi um aumento importante pois quebrou o ciclo de quatro anos de recessão. O PIB fechou com alta de 1% no ano passado, quando, inicialmente, a porcentagem prevista era de 2,5%.

Com isso, os agentes de distribuição respondem hoje por uma fatia de 53,6% do mercado mercearil nacional, que compreende produtos de uso comum das famílias, como alimentos, bebidas, limpeza, higiene e cuidados pessoais e atingiu a soma de R$ 261,8 bilhões em 2018. É o décimo segundo ano consecutivo em que a participação do atacado distribuidor nesse mercado permanece superior a 50%.

Os números são apurados a partir de dados fornecidos voluntariamente por empresas do setor associadas à ABAD e analisados pela consultoria Nielsen, em parceria com a FIA (Fundação Instituto de Administração).

O faturamento do atacarejo cresceu 0,8% em 2018, consolidando esse modelo como importante canal de abastecimento das famílias neste período de alto desemprego e busca por economia. “Ainda é muito cedo para avaliar resultados concretos de mudanças que o governo está promovendo e a maneira como o mercado vai absorvê-las”, explica o presidente da ABAD, Emerson Destro.

Cláudio Czarnobai, líder para o varejo tradicional da Nielsen, também vê a participação do Atacado no consumo como uma movimentação alinhada à economia. “O setor tem para este ano uma expectativa mais otimista, mas sem indícios de grande crescimento ou de grande transformação.”

REPRESENTATIVIDADE

O Ranking ABAD/Nielsen 2019 – ano base 2018 contou com a participação de 666 atacadistas e distribuidores de todo o Brasil que juntas somam um faturamento de 88 bilhões de reais, valor que confere à amostra uma representatividade expressiva, equivalento a 42% do faturamento do atacado.

REGIÕES

Em quantidade de respondentes, o destaque é a participação do Nordeste, com 244 empresas. Já em termos de faturamento, verificamos que o Sudeste corresponde a 40% do setor, seguido em importância pelo Nordeste (25%), pelo Sul (16%), pelo Centro-Oeste (10%) e pelo Norte do país (9%).

Os resultados confirmam a importância da região Sudeste, que concentra a maior parte do PIB nacional; por outro lado, os números da pesquisa indicam que as empresas respondentes no Norte cresceram 9%, abaixo da média nacional (10,1%).

Outros dados trazidos pelo estudo corroboram a tendência, já verificada nas pesquisas anteriores e que se consolida, de crescimento mais acentuado nas empresas de porte médio, que atendem apenas um estado. Essas são em maior número no estudo e também cresceram 12,1%, acima da média nacional, indicando a descentralização/regionalização do setor.

NÚMEROS DO SETOR

O SEGMENTO  ATACADISTA DISTRIBUIDOR EM 2018

(Crescimento em relação a 2017)

  • Faturamento total: R$ 261,8 bilhões
  • Crescimento real: 0,6% em relação ao ano anterior
  • Crescimento nominal: 6,9% em relação ao ano anterior
  • Participação no mercado mercearil: 53,7%
  • Pontos de venda atendidos: 1.071,671
  • Áreas de armazenagem: 15,1 milhões de m2
  • 360,7 mil Funcionários
  • 58,5 mil Vendedores diretos
  • Representantes Comerciais/Autonômos: 59,6 mil
  • Frota de veículos (próprio+terceirizados): 100 mil

 Fonte: ABAD/Nielsen

SETOR NO BRASIL

Atualmente existem vários modelos de atacado no Brasil, classificados de acordo com a sua forma principal de atendimento aos clientes.  Eles estão identificados no quadro abaixo.

Atacadista generalista com entrega

Compra e vende produtos de fornecedores da Indústria sem vínculo de exclusividade ou de território. Faz a venda ao varejo por meio de visitas de RCAs/vendedores e entrega no estabelecimento do cliente varejista. Atende principalmente o pequeno varejo independente. Tem custos com vendedor e entrega.

Atacadista de autosserviço

Compra e vende produtos de fornecedores da indústria sem vínculo de exclusividade ou de território.Nesta modalidade, o cliente vai até a loja, paga na saída e transporta as compras em veículo próprio.

Não tem custos com vendedor e entrega.

  • CASH & CARRY – Mais de 50% das vendas feitas a pessoa jurídica
  • ATACAREJO – Mais de 50% das vendas feitas a pessoa física
  • BALCÃO – No caso do balcão, o cliente tem a assistência de um atendente.

Distribuidor (especializado ou exclusivo)

Compra e vende produtos de fornecedores da indústria, com os quais possui vínculo de exclusividade, fazendo a venda ao varejo por meio de visitas de RCAs/vendedores e entregando no estabelecimento do cliente varejista. A exclusividade pode ser por:

  • MARCA, EMPRESA OU REGIÃO
  • CATEGORIA DE PRODUTO – Ex.: bebidas, limpeza, higiene pessoal, cosméticos
  • CANAL – Ex.: farma, hotel, restaurante, padaria etc.

Agente de serviços

É remunerado por comissão sobre volume de serviço prestado, em diversas áreas:

  • ÁREA COMERCIAL (BROKER/RCA): Faz a operação comercial e financeira, desempenhando as funções de vendas e cobrança.
  • OPERADOR LOGÍSTICO (CD/FROTA): Realiza funções de distribuição física dos produtos e também de movimentação e armazenagem de cargas para a indústria, que assim não precisa manter depósito na região em que atua seu operador logístico.
  • MERCHANDISING (PROMOTORES): Realiza atividades no ponto de venda (PDV) que visam promover marcas e produtos com o objetivo de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores.

CATEGORIAS EM DESTAQUE

O estudo Categorias em Destaque, realizado em parceria com a Nielsen e divulgado no mês de novembro, analisa as 15 categorias de produtos com melhor desempenho em cerca de 400 mil pontos de venda do pequeno varejo, pesquisados em todo o Brasil.

O levantamento tem o importante papel de orientar atacadistas e varejistas na composição do melhor sortimento e oferecer parâmetros para definição das melhores estratégias de distribuição e exposição de produtos.

O estudo é também bastante interessante para a própria Indústria, que a partir da performance de seus produtos no ponto de venda pode reelaborar suas estratégias comerciais e de marketing.

Conheça o resultado da mais recente pesquisa Categorias em Destaque:
Pesquisa da Nielsen revela as categorias de produtos que mais cresceram no pequeno varejo.

São Paulo, 28 de novembro de 2016 – A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) divulgou no Encontro de Valor ABAD 2016 o resultado do estudo “Categorias em Destaque”, elaborado pela Nielsen. O presente levantamento mostra as categorias de produtos que cresceram em volume e valor em cerca de 400 mil pontos de venda do pequeno varejo pesquisados em todo o Brasil. Uma análise relevante de produtos que caminharam na contramão da tendência de queda do consumo em um cenário de dois anos seguidos de retração em volume.

A análise foca o pequeno varejo (tradicional + 1 a 9 checkouts) que responde por 58% do faturamento total dos canais de venda. Desse universo, a pesquisa apontou as 15 categorias que mais cresceram em volume e valor.

O estudo da Nielsen, que compara o primeiro semestre de 2016 com o mesmo período de 2015, mostra que a cesta mercearia salgada é a menos impactada no pequeno varejo, com crescimento de 9,9% em valor, seguida por mercearia doce (+8,7%), higiene e beleza (+7,1%) e limpeza do lar (+5,4%). O crescimento médio das cestas no período foi de 5,1%. Outras cestas ficaram abaixo da média: bebidas alcoólicas (+3,9%), bebidas não alcoólicas (+2,2%), perecíveis (+3,2%) e outros (+1,3%).

Em volume, todas as cestas apresentaram perdas. Na média, tiveram queda de -4,7%. A cesta mercearia salgada novamente foi a menos impactada, com retração de -2,5%. Bons exemplos de crescimento dessa cesta são as categorias molho de tomate, que cresceu +7,2% em valor e +2% em volume, e óleo e azeites, com alta de +19,4% em valor e +2,4% em volume.

Outras categorias que apresentaram crescimento no pequeno varejo em volume e valor foram: repelentes, inseticidas, café, leite em pó, água mineral, margarina, creme de leite, aguardente

de cana, esponja sintética, alimentos para gatos, pudim/gelatina, limpador de banheiro e farinha de trigo.

A pesquisa da Nielsen também mostra que a indústria tem apostado em tamanhos maiores e aumento de ofertas e embalagens promocionais e se adaptado ao novo cenário de consumo que valoriza, sobretudo, o custo-benefício, com crescimento das marcas low price.