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RANKING Faturamento nominal segue crescendo, mas dado real apresenta retração de 6,8%
EVOLUÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO SETOR ATACADISTA
ABAD/NIELSEN VARIAÇÃO ATACADO 164,5 178,5 197,3 211,8 218,4
Nominal: + 3,1%
Real: -6,8%
2016 (ano base 2015) FATURAMENTO 95,9 105,8 120,8 132,0 151,2
(R$ BILHÕES)
66,5 79,3 89,7
54,8
45,4
39,3 41,2 46,1 49,8 52,4 53,1 53,3 53,4 52,2 52,8 51,8 51,9 52,0 51,7 50,6
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
PARTICIPAÇÃO NO SETOR MERCEARIL
Fonte: Ranking ABAD Nielsen 2016 e Estrutura do Varejo Brasileiro Nielsen
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Pelo 11º ano consecutivo o setor atacadista distribuidor apre- representa perda inferior à inflação do período.
senta, no âmbito nacional, um market share que supera os 50%; O mercado mercearil compreende produtos de primeira necessida-
portanto, uma fatia que corresponde a 50,6% do mercado mer- de, como alimentos, bebidas, limpeza doméstica, higiene pessoal, entre
cearil. De acordo com os resultados do Ranking ABAD/Nielsen outros. Segundo a consultoria Nielsen, 95% do varejo alimentar inde-
2016 (ano base 2015), essa quota soma um faturamento anual pendente e dos pequenos mercados (de 1 a 4 check outs) e 40% dos
de R$ 218,4 bilhões, confirmando grande relevância. Os nú- varejistas médios (de 5 a 19 check outs) são abastecidos por empresas
meros do Ranking são apurados a partir de dados fornecidos atacadistas distribuidoras. Além de 85% dos bares e 45% do mercado
voluntariamente por empresas do setor, associadas à Associação de farmacosméticos. São esses os comerciantes que mais atendem aos
Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industria- consumidores das classes C, D e E, cujo crescimento do poder aquisiti-
lizados (ABAD), e analisados pela consultoria Nielsen, em parce- vo vem mudando o perfil do consumo no país.
ria com a Fundação Instituto de Administração (FIA). Porém, com o recrudescimento da crise econômica, somada à insta-
Chamado de Canal Indireto da indústria - por atender a es- bilidade no cenário político, fatores como inflação, desemprego e in-
tabelecimentos varejistas que não têm volume suficiente para segurança têm provocado significativa retração do consumidor. O que
adquirir os produtos diretamente do fabricante - o setor ataca- resultou em 4% de queda no consumo das famílias em 2015, com 6%
dista distribuidor cresceu 3,1% em termos nominais. Em ter- de queda na renda média real e expressivo aumento da inadimplência,
mos reais, houve queda de -6,8%; embora negativo, o resultado segundo dados do IBGE e da Nielsen.