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fortalecer o setor, nos fez seguir em frente, mesmo quando houve
até a desistência de muitos dos associados que se juntaram a nós
na primeira hora”, recorda-se Hélio Maciel.
Promover, apoiar e fomentar o desenvolvimento do setor ata-
cadista distribuidor em todo o Estado do Rio de Janeiro foi sem-
pre um dos principais objetivos da ADERJ. A velha máxima “A
união faz a força” cabe com perfeição na nossa história. Uma vez
unidos e fortalecidos, os atacadistas distribuidores puderam de-
fender com mais eficiência os interesses do setor. Organizados e
representados, eles passaram a intervir administrativa e/ou judi-
cialmente junto a todos os órgãos da administração pública, ob-
servando sempre a responsabilidade e o desenvolvimento sociais.
Dessa maneira, a ADERJ promove intercâmbio e cooperação
com o poder público e demais entidades de classe empresarial; na 16/17
cadeia de distribuição, envolve os setores da indústria, atacado- to dos negócios, o Centro do Rio já não comportava mais Trecho da antiga Rua da
-distribuidor, varejo e logística. Tudo porque o principal papel a grande movimentação de caminhões abarrotados com os Prainha, modernizada na
grande reforma urbana
que coube e ainda cabe ao atacadista distribuidor era/é o de esco- produtos a serem distribuídos pelo estado afora e a gran- promovida pelo prefeito
ar a produção de alimentos para todos os pontos do nosso estado. de circulação de gente, profissionais dos diversos segmentos Pereira Passos nos anos 50.
A rua, depois batizada
envolvidos com a área mercearil, dificultavam o ir e vir na- de Acre, foi transformada
Revendo o Passado queles quarteirões do Rio Antigo, de ruas estreitas e casario em via auxiliar da Avenida
Central. Todos os caminhos
Se 1986 é o ano em que festejamos a fundação da ADERJ, não velho, próximo à Praça Mauá. Foi quando se juntou o útil levavam ao porto.
podemos nos esquecer de olhar algumas décadas para trás e voltar ao agradável: o governo, que tinha interesse em transformar Foto: arquivo Geral da Cidade
ao ano de 1951, quando a organização do setor começou a se aquela antiga área num ponto nobre da cidade, intermediou
desenhar. Em sobrados da Rua Acre, no Centro do Rio, comer- as negociações com a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janei-
ciantes criaram a Bolsa de Gêneros Alimentícios. O local, então ro, que doou a área com um milhão de metros quadrados na
conhecido como “Esquina do pecado”, marcou a centralização Penha, na zona suburbana da cidade. Nascia então o Merca-
do segmento – até então desagregado e relegado aos autônomos do São Sebastião, onde 300 galpões foram construídos para
– responsável pela estocagem e pela distribuição de produtos da armazenar toda a produção a ser distribuída. Na mesma
área mercearil. época, a Bolsa de Gêneros Alimentícios passou a funcionar
No entanto, depois de 35 anos estabelecida na Rua Acre, a Bol- em prédio próprio, na Rua do Arroz, abrigando dezenas de
sa de Gêneros Alimentícios precisava expandir. Com o crescimen- salas, hoje, várias delas ocupadas pela ADERJ.