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Em 20 de maio de 1986, portanto, o grupo de 300 ata-
                            cadistas se reuniu no salão nobre do Clube Sírio e Libanês,
                            no Rio de Janeiro, para concretizar a fundação da ADERJ.

                            Com a presença de Silvio Moreira Barbosa, executivo da
                            Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Pro-
                            dutos Industrializados (ABAD), a primeira assembleia ge-
                            ral, cuja ata ainda foi redigida a mão, firmou a fundação da

                            ADERJ, com a eleição e posse da primeira diretoria execu-
                            tiva – como presidente Elias Richa Filho -, de membros do
                            Conselho Fiscal e do presidente do Conselho Deliberativo.
                            “Nós nos movimentamos em torno de um objetivo comum.

                            O Plano Cruzado havia nos deixado numa sinuca, com o
                            congelamento de preços, sem margem alguma para lucro”,
                            explica Hélio Castor Maciel, hoje, o atual presidente da nos-
                            sa entidade e então testemunha daqueles primeiros tempos,

                            em que os representantes do segmento se organizavam para         “Nos                        14/15
                            somar forças e buscar melhores dias para o setor atacadista      movimentamos
                            distribuidor.
                                                                                             em torno de

                            União                                                            um objetivo

                            A estrutura para fazer operar a estreante ADERJ naqueles         comum. O
                            primeiros anos era bastante simples, improvisada até. Mon-       Plano Cruzado
                            tada naquela que foi a primeira sede da instituição:  uma sala   havia nos

                            na Rua da Soja, no Mercado São Sebastião, na Penha, região       deixado numa
                            da Leopoldina. As reuniões aconteciam no exíguo espaço,
                            onde não havia cadeiras suficientes para todos os associados,    sinuca, com o
                            além da total carência de material de escritório e até mesmo     congelamento

                            a falta de um aparelho de ar-condicionado, que refrescasse o     de preços,
                            ambiente, naquela região da cidade bastante quente mesmo         sem margem
                            em meses de temperaturas mais amenas. Mas nada foi em-
 Mercado São Sebastião, na Penha,                                                            alguma para
 bairro da Zona da Leopoldina,   pecilho para que se seguisse em frente. “No começo, contá-  lucro”
 no Rio de Janeiro; na foto menor,   vamos apenas com um telefone e um aparelho de fax, blocos
 a Rua da Soja, onde foi improvisada
 a sede da associação       de papel e canetas. No entanto, a vontade em acertar, em
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