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O Plano Maio de 1986. O Brasil convivia (e sofria) com a inflação
Cruzado galopante (que chegara à média de 224,65%* em 1985),
havia o presidente da República era José Sarney e o ministro da
Fazenda, Dilson Funaro. Três meses antes, em fevereiro de
nos deixado 1986, o governo federal havia instituído o Plano Cruzado,
numa sinuca, com o congelamento de preços de bens e serviços e a altera-
com o ção da unidade do sistema monetário, passando a moeda a
congelamento ser denominada cruzado (CZ$). Se por um lado o controle
de preços da inflação era muito bem-vindo, por outro, o pacote eco-
nômico governamental tornara árdua a sobrevivência dos
atacadistas distribuidores, com suas margens de lucro redu-
zidas a quase zero porcento.
O encontro na Maloca, precursor da assembleia, presidida por Luiz Richa, o início da afirmação do setor
O projeto embrionário visando à defesa dos interesses do 12/13
mercado atacadista do estado foi a reunião de oito atacadistas
em Volta Redonda para debater sobre as necessidades urgen-
tes do setor. Um novo encontro foi agendado, dessa vez em
Petrópolis, na serra fluminense, para que se materializas-
sem as ideias em pauta. A mobilização foi maior: com
30 participantes. Uma semana mais tarde, já na cida-
de do Rio de Janeiro, no Clube Arouca, na Barra da
Tijuca, na presença de 300 atacadistas, foi eleito o
comitê que formalizaria, então, a associação que
representaria essa classe e daria voz a esse gru-
po, cujo segmento representava (e ainda hoje Assembléia presidida por Reprodução
representa) uma grande força de trabalho e Elias Richa para a fundação da Aderj, parcial de um
de recolhimento de impostos. com a presença de Sílvio Barbosa, documento histórico:
da ABAD, no salão nobre do
a ata de fundação
Clube Sírio e Libanês da Aderj