Dando sequência à série de entrevistas sobre as medidas e atitudes adotadas por nossas associadas no curso da pandemia da COVID-19 o Núcleo de Comunicação da ADERJ – Associação de Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro – entrevista hoje Rodrigo de Matos Alves, diretor da empresa Atlas do Iguaçu.
O objetivo é possibilitar a exposição de experiências neste momento difícil que o mundo atravessa.
ADERJ: Devido ao período de pandemia que estamos enfrentando, a saúde e a economia são dois fatores altamente afetados. Quais cuidados sua empresa está tomando para tentar diminuir os efeitos causados por essa crise?
RODRIGO DE MATOS: Estamos disponibilizando todos os EPIs recomendados à toda equipe, orientando e cobrando o uso dos mesmos e da assepsia das mãos.
ADERJ: Quais medidas o senhor está tomando para auxiliar os trabalhadores que estão no grupo de risco?
RODRIGO DE MATOS: Afastamos todos os colaboradores do grupo de risco desde o primeiro momento onde as autoridades recomendaram as ações preventivas de isolamento e proteção dos grupos de risco e mantendo contato com eles para entender como estão, acompanhando e orientando através de mensagens internas.
ADERJ: O que o senhor espera do Governo Federal?
RODRIGO DE MATOS: Espero que tenham sabedoria e clareza para lidar com o grande desafio econômico que virá e que tomem as melhores atitudes para que as coisas caminhem na direção correta. Que as ajudas cheguem para as parcelas realmente afetadas da população e para as empresas que realmente necessitem de ajuda. A turbulência do cenário político é altamente prejudicial ao momento caótico que estamos vivendo.
Existem empresas que prosperam em épocas de crise, outras quebram nessa mesma época; assim como muitas empresas prosperam em épocas prósperas e outras tantas quebram num ambiente de prosperidade.
ADERJ: Alguma mensagem para o setor Atacadista/Distribuidor?
RODRIGO DE MATOS: Tenham a certeza de que a ADERJ está trabalhando todos os dias para minimizar os impactos da pandemia nos negócios das associadas. Muitas medidas tomadas afetariam ainda mais o setor e foram amenizadas pela atuação constante da Associação; que continua buscando alternativas para colaborar com a continuidade das empresas associadas, principalmente das mais afetadas pela pandemia.
Minha mensagem como empresário é que encarem a realidade. Que não sejam pessimistas, mas também não sejam otimistas demais. As empresas do setor que não tiveram suas atividades interrompidas devem ser moderadas e cautelosas com tudo o que envolve a operação (pessoas, processos, custos fixos e variáveis, crédito, caixa, perdas) para que o sistema rode harmoniosamente. Para as empresas que tiveram suas operações comprometidas, é necessário que avaliem rápido as saídas e alternativas disponíveis: (modelo de negócios, formato de venda, mix de produtos, carteira de clientes, custos fixo, meios de financiamento, parcerias comerciais) e ajam positivamente e duramente em busca de fazer acontecer o que estiver ao seu alcance. Fazendo sempre o certo, com a consciência que esse caminho será muito mais árduo do que antes.