O novo aumento do preço do diesel pode aumentar risco de uma greve de caminhoneiros. A alta de 4,4% aplicada pela Petrobrás passou a valer desde quarta-feira (27) nas refinarias. Em breve o reajuste deve chegar às bombas dos postos de todo o país.
Os representantes dos caminhoneiros ameaçam uma nova paralisação para o dia 1º de fevereiro. Nesse sentido, muitas entidades começaram a se mobilizar para tentar evitar os efeitos de uma nova greve, como ocorreu em 2019 e poderá afetar novamente a economia do Estado do Rio de Janeiro.
O Presidente da CONFTAC – Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas – José da Fonseca Lopes, disse que confia no diálogo. “Como sempre fizemos, vamos buscar soluções junto aos Governos Federal, Estadual e municipais para minimizar as dificuldades da categoria”, afirmou José Lopes.
O Presidente da Fetranscarga, Eduardo Rebuzzi, disse em nota que não acredita que tal movimento logre êxito, não passando de uma atitude totalmente descabida, inclusive atentando contra a segurança nacional neste momento de pandemia, quando todos nós temos que transportar vacinas, medicamentos, cilindros de oxigênio etc, além de alimentos, insumos, combustível entre tantos outros produtos essenciais.
Na tentativa de desmobilizar a greve, Jair Bolsonaro deve anunciar em breve a redução do PIS/Cofins que incide sobre o óleo diesel. Segundo fontes da CNN, o ministro Paulo Guedes vem dizendo que a ideia é “atenuar” o recente aumento no preço do diesel na bomba, e não zerar completamente os dois impostos.
Ministério classifica posição como ‘isolada’
Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que “não há uma única entidade de classe representativa para falar em nome do setor”, e que “que qualquer declaração feita em relação à categoria corresponde apenas à posição isolada de seus dirigentes”.
“Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo e incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria”, afirma a pasta em nota.
A ADERJ vai acompanhar com muita atenção essa possível greve dos caminhoneiros e reitera o compromisso de informar suas associadas e parceiros.