Só teremos o “depois” se fizermos o “antes”
O momento que economia do país vive, permite diferentes leituras sob diversas óticas. Não vamos julgar os números, nem os que favorecem ao atual governo, nem os que indicam risco de um descontrole monetário.
Se por um lado existem indicadores que apontam crescimento do nível de empregos, por outro, há relatórios que alertam sobre uma instabilidade fiscal, que poderá provocar um desarranjo na economia.
A afirmação de que se está gastando mais do que a arrecadação prevista é preocupante. Quando isso ocorre, governos se socorrem em dois danosos expedientes: ou aumenta a carga tributária ou emite papéis do Tesouro.
Aumento de impostos para cobrir gastos e emissão de papéis sem o devido lastro, formam a tempestade perfeita, capaz de naufragar qualquer projeto econômico, porque se perde o controle da inflação que tende a reaparecer com todos os seus efeitos colaterais como elevação de preços e desemprego, lembrando que o único remédio capaz de minimizar esses efeitos é o aumento dos juros, contra o qual todos lutamos.
Respeitamos a retórica de que é preciso investir para crescer, mas o que nos preocupa é o endividamento público em larga escala.
A Associação dos Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro- ADERJ- que completa 38 anos, teve sua fundação motivada por equívocos de planos econômicos.
A economia brasileira, assim como todas as demais, sofre efeitos de uma conjuntura global e esse cenário também é preocupante com praticamente duas guerras em curso.
Partimos da premissa que só teremos o “depois” se fizermos o “antes”. Assim, o que sugerimos é uma espécie de prudência para que possamos ter segurança econômica em todos os níveis.
Jorge Menendes
Presidente da ADERJ
Associação dos Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro